domingo, 30 de dezembro de 2007

Frameworks: até que ponto vale a pena utilizá-los?

Um framework ajuda, e muito, no desenvolvimento de aplicações web ou até mesmo sites. No começo pode parecer que ao invés de ajudar, eles atrapalham e complicam o desenvolvimento. Mas após um pouco de utilização, eles tornam sua tarefa no desenvolvimento mais simples.

Para quem está começando a desenvolver aplicações, pode ficar tentado a utilizar o framework XYZ, que faz 90% do que você precisa. Mas os 10% restantes, podem acabar demorando mais que o planejado para ser concluído.

Não vou dizer que o framework atrapalha. O que você precisa ter em mente é justamente saber como e quando utilizá-lo, para que seu código não fique complexo. A conseqüência disto pode ser na hora de uma manutenção, seja por erro ou para melhorar a performance da sua aplicação.

Costumo utilizar frameworks simples, que fazem algumas tarefas específicas. Não uso o framework como kernel principal da aplicação. Para este caso, procuro desenvolver as rotinas para fazer especificamente o que elas precisam fazer. Em alguns casos estas rotinas acabam virando classes (para reutilização/reaproveitamento de código).

Uma ponderação a ser feita é justamente o tamanho do framework: utilizar diversos frameworks podem deixá-la graficamente linda, mas também pode fazer com que sua aplicação torne-se muito lenta tanto para carregar no lado cliente, como também exigir mais poder de processamento e memória recursos do servidor que o necessário.

Frameworks para gerenciamento do lado cliente (como o prototype, script.aculo.us entre outros) podem ser justamente um entrave na carga da aplicação. O prototype, por exemplo, tem aproximadamente 160 KB de código. Por mais que tenhamos conexões de alta velocidade disponíveis e a preços acessíveis, precisaremos focar a aplicação e em qual nicho de mercado ela atuará. Usuários com conexão discada, só irão entrar na aplicação se realmente precisarem dela. Do contrário, após a primeira utilização (e demora para a carga), pensarão duas vezes antes de acessá-la novamente.

Caso você esteja pensando em utilizar um framework para desenvolvimento de uma aplicação, o primeiro passo é definir quem será o seu usuário. Para os casos onde o usuário utiliza linha discada, talvez seja melhor você desenvolver seu próprio framework (com funções, classes e tudo o que você precisar) com apenas o que você precisa. Seu usuário irá agradecer.

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